Monday 10 June 2013

Gercino Alves: Ator, Dançarino, figurinista, cenógrafo, etc....

Discípulo do Mestre João da Capoeira Angola, militante em defesa de políticas culturais e sociais inclusivas, frequentador das religiões de matriz africana, artista eclético e divulgador da cultura popular brasileira. Gercino Alves é de Lagoa Santa, Minas Gerais.
















Protagonista e amante da cultura brasileira.

Thursday 6 June 2013

Simplesmente "Eu" - Artista brasileiro multifacetado.

f.1

Poema Diário Numero 05

Estou tentando fechar uma porta por onde soprava um vento frio
Amarrei minha canga nas costas e sai rua afora
- empurrei o medo goela abaixo,
- penteei o ego exprimido,
- ateei fogo na carapaça já muito gasta
buscando o rio que tinha perdido.
(no entanto, queria ficar quietinho, lambendo feridas e regando magoas mofadas)
O espelho martelando uma imagem irrequieta que já não combinava com muitos dos pensamentos remotos
Tão boas foram minhas noites (nem todas)
Confusa; Lembrança; Amarga; Doce; Quente; Quis
Buscando o Silencio da barriga
Vou catando sobejos da memoria de min‘alma.



'Chef ': Gastronomia, culinária mineira.

Eu Penaforte e os vídeos gravados para o Técnica Mista 
(Fonte do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=D2xZNDHb9SY)



Grupo Dejavuh - Canção:Sensacionalismo





 F.2

F.3

F.4

F.5

F.1, F.2, F.3, F.4 e F.5: esculturas em argila: Artista Eu Penaforte. 2012

 "Eu Penaforte": 

Cultura Cigana no Brasil

Associação Guiemos Kalons - AGK


Debaixo da tenda

Povo mais misterioso do mundo, os ciganos querem apresentar a sua cultura, banir os estereótipos , serem incluídos à sua maneira na sociedade

Peregrinam há séculos. Vieram de longe, do norte da Índia, no continente asiático, migraram para a Europa, espalharam-se pelo mundo. Foram degredados ao Brasil, no século 16, misturados à população, em quase todos os estados. Andam por aí, estão no meio de nós, debaixo de tendas, em casarões fincados na terra. Invisíveis quando não incomodam, aparecidos quando fatos acontecem e puxam ideias, estigmas de séculos e séculos: viram iguais. Se um grupo vendedor de edredons roubou clientes em Juiz de Fora, todos os ciganos são trapaceiros. Se um deles é acusado de assassinato em Santo Amaro, na Bahia, expulsam os outros, queimam as barracas, são perturbadores da ordem. Vai-se a maioria no meio, o singular torna-se coletivo. Não se conhecem quem são, os criticam. Fecham-se em suas tradições milenares, às vezes misturam-se à multidão.

Fomos bater à porta deles, andar por esse território de idioma próprio, costumes tão díspares dos ocidentais, ver quem é esse povo na riqueza e na pobreza que está aqui. Só os líderes das etnias falam. Ligo para o telefone celular de Carlos Amaral, presidente da Associação Guiemos Kalon. “Você pode vir à minha tenda.” Chega-se ao local, no São Gabriel, depois de erros pelo caminho, barracas de ciganos de lonas pretas espaçadas pelo bairro, na região Noroeste de Belo Horizonte. Está lá, há 22 anos, a tenda de Carlos, panelas de alumínio areadas à porta, tapetes que cobrem toda a área, panos coloridos que tampam a lona. “A etnia calon é mais fixa. Na realidade, os ciganos mudam de lugar porque são expulsos e têm que levantar acampamento.”


Hoje são nômades por exigência. “Quando um comete erro, colocam que foi cigano. É uma minoria que faz coisas ilícitas, como ocorre com vocês”, diz sentado ao redor de uma mesa à frente da barraca. O sol forte o leva a convidar a equipe a entrar na tenda, retira os sapatos, senta, parece se incomodar porque estou de vestido na altura dos joelhos. Havia lido que as ciganas podem usar roupas decotadas, mas nunca ficar com as pernas descobertas. Pega uma colcha para me cobrir, alega que mosquitos importunam. Continua, lembra que a discriminação contra seu povo é grande, vê a necessidade de se mostrar nesse Brasil puxado à modernidade e eles sem saneamento básico, às margens da sociedade.

Eis os calons na versão dele: a maioria mora em barracas, sem banheiros, entulhada, fala o dialeto chibi. Os homens trabalham como vendedores, as mulheres leem a sorte. “Sempre dá certo.” Há escolas para as crianças, mas a maioria estuda até a adolescência, porque as meninas casam aos 12, 13 anos e aí têm que cuidar da casa nessa sociedade em que o homem é quem manda. Ele escolhe os maridos das filhas. Os garotos podem recusar, as garotas não. É preciso aceitar a vida escrita por eles há milhares de anos, em que as mulheres têm que confeccionar suas roupas, os homens compram prontas. “Houve melhorias. Ia à escola descalço, ficava escondendo os pés. Hoje meus filhos são ricos. O mais novo queria uma calça, com o gancho comprido, cara. Acho que custava 60 reais, mas o que a gente não faz por um filho.”


Entra para a modernidade na medida do possível. O filho mais velho, de 24 anos, é empregado em uma fábrica, mora em casa de tijolo em Belo Horizonte, não diz que é cigano para evitar discriminação. Outro, de 19, trabalha no estado do Rio de Janeiro e a única filha, de 17 anos, mora lá. “Queria ter estudado, ser advogado, mas não deu”, conta Carlos Amaral. Ele se casou aos 16 anos com Ana Maria Coimbra dos Santos, na época com 12 anos, e hoje divide a barraca aberta, quase sem privacidade, com a mulher e o caçula, de 13 anos. Quando chove? “É a pior coisa que existe. A lona é arrancada pelo vento. Molha tudo. Meu sonho é construir uma casa.” Lá tem banheiro, fogão de lenha, luz, água, internet e paga pelos serviços, mas os outros calons fazem gatos. “Não é por culpa deles, é necessidade.”

Defende sua etnia, luta contra o preconceito. “Antes a polícia chegava, sem mandato, pisoteava tudo, jogava a comida no chão. Hoje eu tenho noção dos direitos e não permito.” Mas convive com as queixas dos outros, da mulher, que foi impedida de entrar em uma loja no centro da cidade. “O segurança falou que eu ia roubar. Saí de lá chorando”, diz Ana Maria. Agora, quando vai fazer compras veste roupas discretas. “Vou normal.” Iguala-se a todas, deixa sua cultura de trajes coloridos, não sorri para não mostrar os 14 dentes de ouro. Segue a vida no seu mundo, apartado da maioria, onde todos têm dois nomes. O seu segundo, falado entre eles, é Sueli. Quis saber qual seria o de Carlos. “Prefiro não falar.”



Intenciona é estabelecer um canal de comunicação com pessoas de fora, os gadjês, como somos chamados. “Meu sonho é fazer um centro tradicional cigano, com mais informações, gastronomia produtos para vender. Até hospedagem.” Mostrar-se como são, sair do seu círculo fechado, vir à tona, exibir as fragilidades dessa população alijada, ainda não incluída, de poucos defensores. “A comparação que faço é que 90% deles têm a mesma história dos mineiros no Chile que estavam soterrados vivos, com a diferença de que o mundo inteiro se uniu para retirá-los de lá ao passo que os ciganos ninguém se importa”, diz a professora Bernadete Lage Rocha, ativista, que foi para a Rio + 20 defendê-los.

AGK- Associação Guiemos Kalons 


Fonte: 
Texto original: Silvânia Arriel | Fotos: Nélio Rodrigues (revista viver brasil) - Obs: o texto foi adaptado pelo blogueiro.

Wednesday 5 June 2013

Cultura dos povos afrobrasileiros no Brasil

Associação Cultural Odum Orixás


Como se definem:


"Somos um grupo que se desafia a fazer arte. 





Como negr@s reconhecemos nosso talento




 e a capacidade no ato de mostrarmos o que sentimos 




através da coreografia afro-brasileira. 




Desafiamos o tempo e o espaço, driblando dificuldades, 

no sentido de construir algo diferente a favor do ego e do 

lúdico, dos sonhos e da realidade."




Uai Sound System: musicalidade, compromisso social e originalidade brasileira.

                                                             

UAI SOUND SYSTEM

UAI SOUND SYSTEM É UM GRUPO DE BH, VINDO PRA SOMAR NO CENÁRIO MUSICAL MINEIRO, TENDO SEU SOM INFLUENCIADO PELO: RAGGAMUFFIN, DANCEHALL, RAP E REGGAE, TRAZ TAMBÉM OUTROS ESTILOS E RITMOS INCORPORADOS.

TODOS DENTRO DO MOVIMENTO UNDERGROUND. NÃO PRECISANDO PRIORIZAR A AGRESSIVIDADE, A SEXUALIDADE OU FUTILIDADES,


,TRAZEM MÚSICAS COM TEMAS SOBRE O COTIDIANO BRASILEIRO, 



LETRAS COM EXPRESSÃO E IDEOLOGIA POSITIVA PREGADA PELOS INTEGRANTES DO GRUPO COM ATITUDES E BOAS VIBES.


Projeto de capoeira nas escolas brasileiras. Trabalhos dos educadores e mestres: Rato, André Baixinho, Ana Porto entre outros.

Este projeto sócio-cultural trabalha nas Escolas, Universidades e nas Instituições a capoeira como um valor humano. Como fonte de libertação e de vida.



Nestas aulas de capoeira são realizados trabalhos corporais, resgate da tradição dos ancestrais, respeito ao próximo, amizade, solidariedade e união.

As apresentações de capoeira realizadas nos eventos e nas Instituições, são geralmente uma apresentação em forma de espetáculo, acrobáticas e com pouca marcialidade. Também são realizadas nos finais de semanas nos bairros onde os grupos atuam, como consagração do trabalho.

O aspecto marcial ainda se faz muito presente e, como nos tempos antigos, ainda é sutil e disfarçado. A linguagem "oculta" é sempre presente, os alunos aprendem a se comunicarem através dos cantos e da xinga.
Os capoeiristas mais experientes são generosos  com os alunos e participantes e os ensinam toda a cultura apreendida e apreendem uns com os outros, não só os movimentos, mas também os valores humanos e sociais.


Símbolo da cultura afro-brasileira, símbolo da miscigenação de etnias, símbolo de resistência à opressão, a capoeira mudou definitivamente sua imagem e se tornou fonte de orgulho para o povo brasileiro. 
Atualmente, é considerada patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.




Circo Olímpico do Brasil

O Grupo Circo Olímpico vem se apresentando desde 2000 em eventos e praças com grandes espetáculos. 



Fundador e diretor do grupo, Romel Gonçalves ganhou prêmios e campeonatos nacionais de ginástica olímpica e acrobática.

 Trabalhou em parceria com diversos artistas e grupos, como: Kleber Conrado e Marcus Casuo do Cirque Du Soleil, Beto Carrero, Escola Nacional do Circo (RJ) e Grupo Trampulim.







Arte Favela: cultura viva.


Projeto Arte Favela promove a valorização da cultura Hip-Hop na periferia de Belo Horizonte


Por meio de elementos da cultura hip-hop, o Arte Favela envolve jovens no estudo da arte contemporânea e soma pontos contra a violência na Vila Presidente Vargas 

O Arte Favela é um projeto ligado à Associação Comunitária VIVA e foi fundado em 2003, como continuação do trabalho de um artista plástico, morador da Vila Presidente Vargas. Helly Costa (35), coordenador do projeto, ia todos os domingos para um quarteirão próximo à casa dele e fazia caricaturas e desenhos animados com os jovens. Percebendo que a atividade atraia a atenção dos adolescentes, o artista apresentou à VIVA o Projeto Arte Favela, que previa ações com jovens entre 12 e 19 anos, voltadas para o desenho e o graffiti. A Associação então dedicou ao projeto uma verba disponibilizada pelo Fundo Cristão para Crianças. “Eu costumo dizer que a VIVA é a mãe do Arte Favela e a Vila é o berço”, fala o coordenador do projeto. Um ano após o início do projeto, o Arte Favela foi visitado pelos financiadores do Fundo Cristão para Crianças. O grupo ministrou oficina para os visitantes, que pintaram um painel com uma pomba branca, simbolizando “Paz no Beco”. 




Em 2004, o projeto recebeu financiamento da Lei Estadual de Incentivo à Cultura para desenvolver oficinas de graffiti/desenho, rap e break. O quadro de oficineiros é composto pelos próprios jovens, o que atende a um dos objetivos do projeto - o de geração de renda. De acordo com o coordenador, a missão do Arte Favela é gerar artistas multiplicadores, em uma perspectiva de profissionalização, e valorizar a arte e a cultura da periferia. 

Helly conta que o que impulsiona o trabalho é ver a realidade dos jovens da vila. Para exemplificar, ele lembra a estória do mascote do projeto, que hoje tem quatro anos de idade e é a “cara” do Arte Favela. “Desde dois anos de idade o Xaropinho circulava os becos da comunidade e ficava no projeto. Ele me faz acreditar que a valorização da criança e da comunidade, através da arte, é um caminho possível”,



No currículo do grupo, participações, fazendo painéis de graffiti, em shows de Saulo Laranjeira, Lô Borges e Berimbrown. O Arte Favela também realiza atividades especiais na música e na dança. Recentemente, os dançarinos e rappers do grupo participaram de um ensaio aberto do espetáculo “Coreografia de Cordel”, da Companhia de Teatro do Palácio das Artes.


O Projeto Arte Favela, que realiza atividades descentralizadas, atuando dentro e fora da Vila Presidente Vargas, hoje, busca financiamento. Para 2006, o grupo tem como ação garantida, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a graffitagem de seis painéis, como releitura de obras de arte brasileiras. O primeiro quadro será feito a partir da Igreja de São Francisco de Assis, de Portinari. A mais nova iniciativa da equipe é o Arte Favela Banda, que pretende fazer uma mistura entre o samba e o rap. Quem quiser saber mais sobre o Arte Favela, pode visitar o site www.artefavela.org. A página, elaborada pelos próprios membros do projeto, conta com fotografias, animações e, em breve, contará com textos explicativos, ensinando, por exemplo, a técnica de fazer stencil.